Sistema de prevenção (IPS) e de detecção (IDS) de invasões

sistema de prevenção de invasões

A proteção de dados é uma necessidade cada vez mais complexa para as empresas que utilizam sistemas digitais. Dentre as diversas soluções, o sistema de prevenção de intrusão (IPS) e de detecção (IDS) podem ser aliados para a segurança digital.

Na verdade, utilizar tais ferramentas de segurança é mais que necessário para muitas organizações.

A exemplo, um recente estudo divulgado pela State of Cyber Resilience 2021 mostrou que cerca de 55% das organizações não combatem adequadamente suas ameaças.

Assim, ficam suscetíveis a perdas inestimáveis, além de uma reputação comprometida pela falta de segurança.

Mas, afinal, como o IPS e o IDS podem auxiliar as empresas a saírem dessa estatística? Além disso, como é possível implementar adequadamente esses sistemas? Você irá entender ao longo deste artigo, acompanhe.

O que é um IPS (Intrusion Prevention System)?

Intrusion Prevention System, em português, sistema de prevenção de intrusão (IPS)possui o intuito de controlar e alertar ações suspeitas e invasões na rede.

Trata-se de um modelo parecido com um firewall, onde o próprio administrador pode configurar as atividades de proteção.

Na cibersegurança, o serviço pode melhorar a proteção de redes em contra pacotes considerados maliciosos e prevenir ataques.

Como o IPS funciona

Ao encontrar possíveis ameaças, o IPS possui autonomia para bloqueá-las automaticamente, conforme as permissões configuradas. Assim, além de detectar possíveis arquivos maliciosos, o programa pode:

  • alertar o administrador do sistema;
  • isolar pacotes identificados como maliciosos, bloqueando-os;
  • bloquear também sites de onde provem o programa malicioso;
  • recuperar a conexão com outros serviços posteriormente.

Dessa maneira, o sistema é encarregado automaticamente de cuidar das ameaças identificadas, com ações automatizadas de bloqueio e reconexão.

O modelo também é útil ao implementar a segurança zero trust na organização. Isso porque os bloqueios são realizados automaticamente na realização de uma atividade indevida, independentemente do usuário em questão.

Assim, qualquer arquivo ou acesso suspeito detectado pelo sistema pode ser registrado, eliminado e as ações relevantes para a organização podem ser recuperadas automaticamente.

E o IDS (Sistema de Detecção de Intrusão), o que é?

Intrusion Detection System ou Sistema de Detecção de Intrusão possui um comportamento baseado em Machine Learning. Dessa maneira, identifica inúmeros padrões e define atividades que podem ser maliciosas na rede.

Em seguida, essa funcionalidade avisa o administrador sobre a atividade indevida a partir de uma notificação instantânea. O IDS passivo, portanto, não bloqueia a atividade automaticamente como o IPS.

Resumidamente, o sistema IPS pode ser visto como sendo um IDS ativo, que não só notifica os ataques como também toma ação a partir deles.

Como o IDS funciona

Diante dos constantes ataques contra redes organizacionais, o IDS funciona como um sistema que permite um maior controle de segurança dessas redes.

Embora não realize as atividades automaticamente, o programa pode apresentar um alto nível de precisão na identificação de arquivos mal-intencionados ou atividades irregulares.

Isso porque com base em diversos aspectos que envolvem horários, fluxos de dados e até mesmo padrões comportamentais humanos, o IDS identifica rapidamente as atividades que, de fato, são anormais na rede.

Além disso, o sistema de detecção possibilita maior autonomia ao administrador da rede.

Como se baseia em notificações, não existem riscos de bloqueio para domínios legítimos, algo que pode ocorrer no IPS em algumas circunstâncias.

Diferenças entre o IDS e IPS

Pode-se dizer que a principal diferença entre IDS e IPS está relacionada à atividade que cada um dos sistemas exerce.

Enquanto o IPS age como um firewall, bloqueando determinada conexão, o IDS trabalha com uma base analítica e comparativa, de modo a apenas notificar irregularidades. Algumas outras diferenças são:

  • Monitoramento: apenas o IDS pode gerar relatórios e visões aprofundadas de segurança;
  • Ação: apenas o IPS é capaz de parar um ataque, mesmo que ele seja identificado pelo IDS;
  • Configuração: é fundamental ser extremamente preciso ao configurar o IPS, já que se mal ajustado pode acabar bloqueando atividades importantes na organização;
  • Falsos-positivos ou Falsos-negativos: o sistema IDS, quando mal configurado também gera danos, embora não bloqueie ações. Por exemplo, caso seja mal implementado, ele pode emitir alertas desnecessários em ações que não representam ameaça.

Assim, para garantir progresso com estes sistemas na segurança da informação, torna-se essencial gerenciá-los e adaptá-los às necessidades da empresa.

Qual a importância desses sistemas para cibersegurança?

Para a cibersegurança, os sistemas de detecção e prevenção são essenciais quando pensamos em segurança de redes.

Sem suas operações, torna-se muito mais difícil mapear e identificar possíveis ameaças e programas suspeitos.

Além disso, monitorar constantemente as tentativas de ataque e manter a segurança das redes de uma empresa é uma tarefa exaustiva para o setor de TI.

Com a possibilidade de detecção automática e de bloqueio de ataques sem paralisar as operações dos setores, o IPS e IDS são excelentes ferramentas de segurança. Resumidamente, suas vantagens são:

  • Detecção completa de atividades, arquivos ou programas maliciosos que poderiam passar despercebidos por outros firewalls ou sistemas de segurança;
  • Possuem um grau de personalização das atividades consideradas inadequadas de forma exclusiva em cada organização;
  • Centraliza os acessos indevidos de rede e os notifica em uma única ferramenta, facilitando o monitoramento por parte dos profissionais.

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Assim, para a segurança cibernética esses sistemas são complementares, atuando na identificação e prevenção de ataques. A combinação é muito valiosa para evitar incidentes relacionados aos próprios profissionais, como em ataques de pishing.

Conheça os tipos de IPS e IDS

Assim como os demais softwares, o IPS e IDS podem possuir diferentes métodos de abordagem para a segurança da organização. Abaixo, confira alguns deles:

Baseado em Host (HIDS)

Tanto o IPS quanto o IDS podem funcionar como um sistema baseado em host, sendo que as ferramentas são instaladas em cada uma das máquinas.

Assim, as atividades suspeitas são identificadas com base no dispositivo onde se encontra, não nas assinaturas como um todo.

Nesses casos, os sistemas também atuam como uma barreira final de proteção quando as demais ferramentas não identificaram ou preveniram o ataque. Dessa maneira, o IDS monitora:

  • Conexões suspeitas realizadas pelo dispositivo;
  • Uso intenso atípico da memória e CPU do computador;
  • As atividades completas que são realizadas envolvendo o disco rígido do dispositivo.

Já o IPS nessa abordagem possui até mesmo acesso ao kernel, além do sistema operacional da máquina onde foi instalado.

Consequentemente, a partir das análises, a tecnologia possui total autonomia para impedir o ataque local do dispositivo.

Baseado em Rede (NIPS)

Já nesta versão os sistemas atuam baseados em uma assinatura, de forma que todos os dispositivos que compartilham a rede estão envolvidos.

Todo o IDS, nesse caso, é divido em sensores e centros de gerenciamento, espalhados pela rede compartilhada.

Como se espalham por diversos pontos na rede, a tecnologia NIPS identifica ataques que poderiam se proliferar entre os dispositivos.

Assim, é comum que o NIPS seja mais preciso e identifique rapidamente possíveis ataques, principalmente por apresentar um sistema interligado de monitoramento.

 

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Já o Sistema de prevenção de intrusão (IPS) irá ser acionado ao identificar padrões irregulares, com um efeito drop na conexão.

Assim, o ataque pode ser impedido, principalmente porque o sistema impede a chegada do arquivo ao sistema operacional dos dispositivos conectados.

Como sistemas de prevenção detectam e previnem invasões

Mas, afinal, como é a atuação técnica dos sistemas de prevenção de intrusão ou de detecção que permite a precisão desses julgamentos?

Como vimos, o sistema é baseado em uma tecnologia de machine learning, que compara uma base de dados cada vez maior ao longo do tempo.

Assim, diversas análises e informações são utilizadas para definir, de fato, o que é uma ameaça e o que é uma rede ou atividade legítima. Abaixo, confira alguns dos recursos utilizados para essas definições:

Detecção por assinaturas (atividades catalogadas)

A primeira maneira de entender e classificar as ações nas máquinas é pelo processo de detecção de assinaturas.

Basicamente, o software registra as atividades com uma espécie de assinatura específica, que vai parar em um banco de dados, identificando inúmeras ações.

O sistema de machine learning pode ser observado nesse sistema, considerando que, quanto mais descobertas são feitas, maior o número de assinaturas registradas.

Existem, ainda, diferentes maneiras de catalogar esses dados, geralmente explorados pelos sistemas de prevenção de intrusão (IPS) ou de detecção:

Exploração individual

Trata-se do processo que diz respeito à quando a ferramenta busca registrar padrões particulares de um determinado sistema.

Assim, são formadas assinaturas que compõe padrões únicos, com o foco em identificar explorações que correspondam com outras já registradas.

Dessa maneira, caso um determinado conjunto de ações tenham ocasionado anteriormente uma invasão ou tenha sido identificado como malicioso, o sistema identifica o processo instantaneamente.

Visibilidade de vulnerabilidade

Neste caso, as assinaturas que apresentam visibilidade de vulnerabilidade no dispositivo em que se apresentam são exploradas profundamente.

O processo é excelente para prevenir novos ataques, principalmente no cenário de sofisticação dessas invasões, como observamos constantemente.

Por outro lado, é comum também que o sistema acabe por identificar como prejudiciais assinaturas que não necessariamente sejam maliciosas.

Dessa forma, o risco de falsos positivos no IPS aumenta, embora nas organizações que demandam maior proteção se sistema represente maiores vantagens.

Detecção por anomalias

O sistema de prevenção de invasões também pode utilizar uma linha de base para identificar ameaças ou ataques cibernéticos.

Dessa maneira, sempre que ocorrem discrepâncias do padrão estabelecido, o sistema automaticamente realiza ações indicadas para contornar o caso.

Isso pode ser observado, por exemplo, no tráfego de rede, que tende a se manter padrão em uma empresa quando medido por um determinado período.

Já nos casos de invasão, é comum que esse tráfego aumente, em razão do acesso constante dos sistemas maliciosos.

Assim, o IPS rapidamente identifica essas alterações e pode realizar bloqueios no momento imediato, prevenindo a expansão de acessos indevidos.

Análise de protocolos

Os sistemas de IDS ou IPS também podem ser configurados e personalizados manualmente por um profissional que insira condições adicionais de segurança.

Assim, os sistemas podem partir de protocolos para identificar e alertar sobre possíveis violações, que, como definidas pelo administrador, sejam suspeitas.

A definição e análise protocolar é uma excelente alternativa também para a diminuição de falsos-positivos, principalmente porque é configurada em conformidade com os intuitos do usuário.

Dessa maneira, o sistema de prevenção de invasões (IPS), a partir de um conjunto de regras pré-definidas toma a ação programada diante dos incidentes.

regras para ips

Detecção baseada em diretivas

O IPS também pode agir baseando-se em um conjunto de regras de uso nos aparelhos onde atua, sendo eles definidos pelo administrador.

O processo se torna semelhante ao de análise de protocolos, já que se trata do nível de personalização do sistema.

Por outro lado, a detecção baseada em diretivas pode ser ainda mais precisa, já que identifica uma atividade de foi previamente informada como indevida.

É o exemplo de um acesso no meio da madrugada partindo de um profissional de horário comercial.

Em tese, essa atividade é extremamente suspeita, considerando que esse colaborador nem sequer estaria no ambiente de trabalho para poder acessar a máquina.

Nessa circunstância, o IPS notifica instantaneamente o administrador, ou simplesmente bloqueia o acesso desse funcionário ao sistema em questão.

Considerando uma possível invasão ao dispositivo, o invasor teria seu acesso bloqueado sem que o administrador do sistema precisasse visualizar a notificação.

A utilização dessas ferramentas, portanto, é fundamental para automatizar decisões que demandariam mais tempo para resultar em uma ação de bloqueio.

IPS bloqueio de dispositivos suspeitos

Conclusão

O sistema de prevenção e invasões, em conjunto com o sistema de detecção é essencial no processo de prevenção e diminuição dos impactos de um ataque.

O controle sobre os acessos nas redes também é um ponto positivo na adoção desses sistemas.

Na prática, qualquer ação que viole conjuntos de regras de proteção pré-estabelecida pode ser considerada suspeita.

Essa interpretação também possui vínculos com o modelo zero trust, que prioriza a proteção das redes e sistemas mesmo contra os usuários internos.

Em um cenário onde os ataques são programados para apresentarem extrema discrição, investir nesses sistemas faz toda a diferença.

Sempre que um alto volume de dados circula, independentemente de quem está agindo, uma notificação é enviada para o administrador, favorecendo uma resposta de defesa.

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