Gestão de Identidade e Acesso: como planejar e implementar!
O controle de acessos às redes e dispositivos é a chave para garantir a segurança das informações de uma empresa.
Nesse aspecto, a gestão de identidade pode facilitar a restrição de acessos e privilégios dos usuários.
A lógica, na verdade, é bem simples: quando somente as pessoas autorizadas acessam determinadas funções, menores as chances de que as informações presentes sejam vazadas ou invadidas por terceiros mal intencionados.
Assim, como seria possível implementar um sistema de gestão de identidade? Quais as etapas iniciais envolvidas nesse processo? Abordaremos essas e outras dúvidas neste artigo, acompanhe!
O que é gestão de identidades e acessos?
Identity Access Management (IAM) ou Gestão de Identidades e Acessos pode ser um framework que funciona de forma a restringir e controlar a acessibilidade dos sistemas.
Seja para bancos de dados, redes compartilhadas ou outros acessos, somente alguns usuários podem realizar entradas nestes sistemas.
Na prática, estes ainda precisam seguir regras que componham a política de proteção aos dados na organização, diminuindo as chances de invasões.
Em um cenário onde os ataques contra a segurança cibernética das empresas são constantes, o primeiro passo para a proteção deve partir de políticas internas.
O proofpoint, empresa especializada em segurança da informação fez um estudo que indicou em 2020, tentativas ataques de phishing em cerca de 75% das organizações do mundo.
A maior parte desses ataques ocorrem via e-mail, sendo que uma de suas características é justamente a permissão do usuário para o acesso.
Uma forma de evitá-lo, portanto, é com a restrição nas informações da organização. A conta, na verdade é básica: quanto menos pessoas puderem acessar os sistemas, menos poderão passar informações privilegiadas para criminosos.
Quais são os principais tipos de controle de acesso?
As barreiras de acesso que podem ser implementadas pelas empresas na gestão de identidade podem ser diversas. Algumas opções comumente utilizadas são:
- Senhas;
- Cartões de aproximação — para acessos à locais e determinados dispositivos;
- Biometria;
- Reconhecimento facial;
- Certificados digitais — que permitem acessos somente à máquinas autorizadas;
- Softwares ou aplicações personalizáveis.
Note que, as medidas que listamos podem ser implementadas praticamente para qualquer sistema de controle de acesso.
No caso da segurança da informação em softwares, o mais comum é que se utilizem senhas e outros padrões mais simples.
Já se a organização deseja restringir entradas em locais com servidores ou dispositivos com informações delicadas, é possível implementar sistemas de biometria ou reconhecimento facial, muito mais seguros.
Por que fazer a gestão de acessos do usuário?
A partir da gestão de identidade, torna-se possível ter uma visão mais ampla de pontos fracos na segurança dos sistemas.
Dessa forma, é possível identificar padrões suspeitos de acesso, que possam ser provenientes de invasões, por exemplo.
A gestão de acessos também permite a implementação de modelos muito mais revestidos de segurança como o que ocorre no zero trust.
Outro ponto de extrema importância é que ao entrar em vigor, a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) regulamenta a manipulação de dados pelas empresas.
Dessa forma, adotar medidas de segurança não só evita prejuízos financeiros e de imagem à organização, como também compõe a regulamentação legislativa.
Etapas essenciais para uma boa gestão de acessos e identidades
Além de limitar e controlar acessos, uma estão de identidades e acessos possui o papel fundamental de promover um bom funcionamento ao longo do tempo.
Isso envolve oferecer praticidade aos usuários, no entanto, sem comprometer sua segurança.
As tecnologias presentes no mercado possuem exatamente este objetivo: unir a facilidade dos acessos de usuários autorizados à um alto nível de segurança e prevenção de invasões.
Assim, a gestão de acessos passa por diversas etapas em uma organização, com o intuito de oferecer controle e praticidade a partir dos pilares que listamos:
1. Autenticação
A autenticação nada mais é do que o momento onde o usuário autorizado deseja acessar o sistema ou equipamento da organização.
Assim, ele pode inserir a senha, token ou padrão de segurança pré-definido pelo sistema para a liberação do acesso.
Um dos principais focos das soluções tecnológicas, neste momento, é oferecer segurança sem precisar demandar muito tempo do usuário.
A exemplo, quanto mais complexas as combinações que formam senhas, mais seguras estão as informações. Por outro lado, a chance de que quem está acessando o sistema as esqueça também é muito elevada.
Para evitar redigitar a senha em cada acesso que demandar, existem ferramentas que centralizam autenticação.
Dessa maneira, é possível acessar mais de uma funcionalidade passando pela verificação de segurança somente uma vez.
2. Autorização
As autorizações também precisam ser fortemente regulamentadas ao conceder acesso a determinados usuários.
Geralmente, um padrão Security Assertion Markup Language (SAML) é definido e compartilha autorizações.
3. Auditoria
Para proporcionar um bom gerenciamento de serviços de TI e segurança, a auditoria também compõe a IAM.
Dessa maneira, ficam registrados os acessos e outras informações relacionadas às pessoas que adentram nos sistemas e são autorizadas.
Além disso, a auditoria automatizada permite que usuários que foram desligados da organização também tenham suas contas interrompidas.
De maneira geral, o papel desta etapa é garantir a manutenção do IAM, de forma que mantenha somente acessos fundamentais às informações da organização.
O que é uma política de controle de acesso?
A política de controle de acesso é a adoção de medidas padronizadas que permitem somente os acessos necessários aos usuários. Dessa forma, o controle de acesso é revestido de ações humanas que favorecem a segurança das informações.
Com a implementação de sistemas para a gestão de identidade, torna-se fundamental também estabelecer padrões que mantenham seu funcionamento.
Isso porque, comportamentos desprecavidos ou falta de conhecimento sobre segurança cibernética também podem ocasionar falhas.
Como quem irá acessar os arquivos ou dispositivos são pessoas, torna-se essencial estabelecer regras para elas. Assim, evita-se exposição de falhas e riscos.
Qual é a sua importância para a segurança da informação?
A política de gestão é uma chave na segurança da informação justamente porque promove a conscientização nas equipes.
Dessa maneira, as atividades são muito mais pensadas estrategicamente para evitar ataques, sejam eles internos ou externos.
Vale ressaltar que, diferentemente do que se pode imaginar, grande parte das ameaças não são ocasionadas propriamente por criminosos.
Um levantamento da Global Risk Dialogue mostrou que, 57% dos prejuízos de segurança nos quase 1.900 incidentes registrados foram ocasionados por:
- Falhas técnicas;
- Falhas da equipe de TI;
- Incidentes por erro humano.
Assim, além da proteção de firewalls e aplicações de proteção externa, a gestão de políticas é fundamental para a manutenção da segurança tecnológica. Pode-se dizer até mesmo que as medidas internas possuem ainda mais impacto que as demais.
Como definir política de gestão de acessos
O primeiro passo para a definição política de acessos é a educação e instrução das equipes.
Assim, definem-se regras e responsáveis por sua implementação, bem como as ferramentas que serão utilizadas para garantir a segurança.
Um sistema de alertas, quando as regras são infringidas também pode facilitar o processo de adaptação dos profissionais ao novo modelo.
Entenda o papel da tecnologia no gerenciamento de identidades
Mas, afinal, qual o papel prático da tecnologia no momento de gerenciar identidades e implementar medidas políticas? Como as ferramentas automatizadas potencializam a inserção desse sistema nas empresas? Confira abaixo:
Redução da complexidade dos acessos
Os sistemas de proteção podem ter uma interface muito mais complexa quando direcionados para especialistas de TI.
Além disso, as composições de senhas ou outras chaves podem ser altamente difíceis, considerando os sistemas diferentes que precisam ser acessados por um mesmo usuário.
Na prática, a centralização dos processos de autenticação facilitam a entrada de usuários autorizados nos sistemas sem lesar sua segurança.
Hierarquização das permissões
As ferramentas também proporcionam uma melhor organização dos acessos, potencializando usuários intermediários.
Nessa circunstância, o colaborador pode ter permissões limitadas, mas que são somente as necessárias para suas funções.
A hierarquização também potencializa o grau de personalização dos acessos da empresa.
Como os sistemas variam de acordo com o local, é possível oferecer acessos específicos e restritos a cada um dos profissionais.
Automação e centralização do controle
A automação, que ocorre em sistemas de Intrusion Prevention System (IPS), faz com que o próprio serviço identifique e bloqueie atividades suspeitas nos sistemas.
Dessa maneira, a centralização do controle na gestão de identidade, bem como as medidas imediatas tomadas ganham tempo quando o assunto é a proteção do sistema.
O constante monitoramento permite que o responsável tenha muito mais facilidade em bloquear usuários com ações suspeitas. Assim, essa tecnologia simplesmente acelera a resposta aos incidentes e permite que eles sejam controlados.
Como implementar a gestão de identidades e acessos?
A implementação do sistema de controle de identidades pode partir da política e da utilização das ferramentas necessárias ao processo.
Tendo avançado por esses estágios, é fundamental adotar métodos científicos já consolidados na segurança cibernética.
Antes de mais nada, adotar um modelo funcional de mindset na equipe é importante para que as medidas sejam tomadas de forma a priorizar a segurança de dados.
Metodologia de Segurança “Zero Trust”
O modelo de segurança zero trust parte do preceito de que, literalmente, a confiança deve ser zero nos usuários.
Assim, pode-se resumir essa aplicação em “todos os acessos são negados, a menos que ocorra uma exceção”. Um exemplo prático deste conceito pode ser:
- Antes de um sistema de segurança de acessos, os colaboradores tinham liberdade na utilização de ferramentas, páginas e dados.
- Ao aderir ao modelo zero trust, a organização age de forma absolutamente contrária. Todos os usuários têm seus acessos negados.
- Posteriormente, são identificadas as necessidades de cada um dos colaboradores.
- Assim, somente as necessidades reais são liberadas como acesso para eles.
- Nenhum usuário fica isento ao controle e monitoramento: todos os sistemas estão sendo avaliados e caso ocorra atividade suspeita, são igualmente notificados, podendo até mesmo sofrer um bloqueio.
Quando qualquer usuário da rede torna-se um possível suspeito, na invasão de contas, o criminoso pode ser devidamente isolado.
Pelo contrário, se os acessos privilegiados ficam isentos de verificação, em casos de invasão, o usuário mal-intencionado é livre para acessar todos os dados de interesse.
Assim, o modelo zero trust é completamente voltado para a proteção de dados, em detrimento de qualquer nível de confiança nos dispositivos. Na prática, isso pode diminuir as chances de invasões ocasionadas por falhas internas.
Solução de IAM
Sem uma solução completa de IAM, torna-se muito mais trabalhoso o processo de implementação. A tecnologia de gestão de identidade permite um alto nível de controle sobre os processos e atividades das equipes.
Além disso, contar com uma solução completa faz com que a organização economize tempo e recursos na busca e implementação do sistema.
Como a Yssy pode ajudá-lo na gestão de identidades do seu negócio?
A Yssy reúne soluções personalizadas, conforme a necessidade de sua empresa, com apoio de especialistas em tecnologia e segurança cibernética.
Para a gestão de identidades, é fundamental contar com ferramentas de última geração, especialmente pelo grau alto de inovação nos ataques existentes. Dessa maneira, é muito vantajoso contar com soluções como:
Correlação de Eventos de Segurança (SIEM e UEBA)
A inteligência artificial faz com que a identificação de ataques, mesmo dos mais sofisticados seja mais eficiente.
É o que ocorre na solução de correlação de eventos de segurança. Um sistema altamente tecnológico é capaz de identificar padrões potencialmente prejudiciais, além de traduzir determinados conjuntos de ações no monitoramento.
Dessa maneira, mesmo com as sofisticações dos ataques arquitetados atualmente, o sistema pode identificar a ação maliciosa de maneira muito antecipada.
O processo oferece mais tempo para a atividade de proteção e ainda favorece a preparação de barreiras de segurança em ataques similares posteriormente.
Soluções para Gestão de Identidade
A Yssy também oferece soluções completas para a gestão de identidade, especialmente para modernizar a hierarquização dos acessos e o controle das informações.
Não deixe de implementar os sistemas de proteção quanto antes! Expor os sistemas de uma organização pode ser uma falha irreversível para seus dados, e a Yssy pode te ajudar hoje mesmo na implementação da gestão de acessos.