Como fazer a gestão de patches de segurança? Veja o processo

tudo sobre gestão de patches

A gestão de patches é fundamental na segurança cibernética das empresas e seus softwares. Cabe à equipe de TI estar atenta para as novidades que surgem quando os programas apresentam correção em suas falhas.

Um estudo feito pela AVAST indicou que cerca de 55% dos programas de todos os PCs estão em versões desatualizadas. Isso não só torna as aplicações mais limitadas, como também pode ser uma porta de entrada para invasores.

A grande problemática que envolve a estatística está relacionada a grande quantidade de programas e atualizações. Quer saber como manter tudo em dia? Explicamos todo o processo dessa gestão, acompanhe!

O que são patches?

Patch, do inglês, significa “correção” ou “remendo”. Quando nos referimos aos programas, os patches servem para normalizar falhas de segurança ou outros bugs que existiam em uma versão anterior do software.

É comum que as aplicações apresentem falhas ou brechas de segurança logo quando são lançadas. O que ocorre é que para evitar ataques como o de exploits, essas correções são grandes aliadas à segurança da informação.

Por sua vez, os patches são disponibilizados pelos próprios desenvolvedores dos sistemas quando estes apresentam brechas.

É neste momento que as empresas precisam instalar as modificações, para impedir a exploração de brechas que já foram identificadas e solucionadas.

Qual é a importância da gestão de patches eficaz?

O grande desafio, no momento de manter todos os softwares atualizados está na gestão de patches. É fundamental manter um ritmo de modificações constante para que os dispositivos não fiquem expostos às vulnerabilidades.

vulnerabilidades atualizações

Um estudo feito pela Ponemon indica, ainda, que cerca de 57% das violações de dados que ocorreram foram em decorrência de um mau gerenciamento de patches. Por outro lado, confira alguns dos principais benefícios dessa gestão eficaz.

Disponibilidade do sistema

É possível conferir a existência de novas atualizações e identificar a disponibilidade dos softwares. Dessa maneira, torna-se muito mais simples corrigir bugs e melhorar o desempenho tecnológico na empresa.

Segurança

A gestão de patches também é um fator importante na segurança cibernética. Com ela, a empresa garantem que seus sistemas estejam protegidos dos ataques mais recentes lançados.

Compliance

A patch compliance é a qualidade dos patches nos dispositivos presentes da organização. A gestão, portanto, possui o papel de manter esses softwares na condição de conformidade, sem que se perca o controle das atualizações.

Trata-se simplesmente do nível de segurança e de legalidade das ferramentas dos sistemas. Os softwares pirateados e outras inconformidades morais comprometem a imagem da organização e podem até mesmo gerar multas.

Por isso, a implementação da gestão de patches também possui um olhar direcionado ao monitoramento, e consequentemente compliance das ferramentas.

Atualização de recursos e funcionalidades

Por fim, os recursos e funções são sempre aproveitadas ao máximo em todos os softwares da organização.

As novas funções oferecidas pelos fornecedores das aplicações entram em funcionamento mais cedo, melhorando a qualidade dos processos da empresa.

O processo de gerenciamento de patches

Na gestão de patches, o ideal não é simplesmente atualizar os pacotes de programas existentes. Esse processo manual pode ser maçante e acabar tomando muito tempo das equipes administrativas.

Na verdade, a implementação pode ser dividida em várias fases, de modo a economizar tempo, recursos e garantir assertividade no processo. Por sua vez, essas etapas são:

1. Descoberta

Nada mais importante do que a informação no momento em que precisamos identificar problemas nos programas. Por isso, a etapa inicial consiste em mapear todos os dispositivos da empresa, possuindo uma visão sobre seus softwares.

Comumente, a equipe de T.I. de algumas organizações simplesmente esquece de um determinado dispositivo.

Essa falta de controle pode acabar por infectar e expor os outros equipamentos aos riscos que mencionamos. É fundamental lembrar que, com o compartilhamento de redes, os sistemas desatualizados facilmente comprometem outros.

Sendo assim, a fase de descoberta envolve a apuração completa dos níveis de atualizações pendentes, em todas as máquinas. Nada passa despercebido, e a equipe precisa planejar o acompanhamento de todos os sistemas.

2. Priorização dos patches

Ao finalizar a fase de descoberta, sua equipe provavelmente encontrará inúmeras desatualizações nos sistemas. Justamente por isso é essencial organizar a ordem da instalação dos novos patches, conforme o nível de risco que o sistema possui.

Nesse caso, o sistema de gestão de identidades é muito útil. Os dispositivos com uso mais privilegiado, portanto, são os primeiros a terem as instalações de patches, seguidos pelos demais aparelhos.

Também é possível considerar o nível de necessidade de patches em cada sistema. As máquinas em versões mais antigas também possuem um nível maior de prioridade para serem atualizadas.

3. Metodologia e padronização da gestão de patches

Tendo definido as máquinas prioritárias para a instalação de patches, é fundamental que a equipe liste um plano para manter os sistemas em compliance. Sendo assim, é importante definir a ordem de atualizações de:

  • sistemas;
  • softwares;
  • redes;
  • usuários;
  • servidores;
  • entre outros.

Tudo isso garante que a gestão dos patches de segurança seja feita da forma mais otimizada possível.

Além de definir a prioridade, também é fundamental, nessa etapa, conhecer a periodicidade de atualizações que cada um dos tópicos apresenta.

Posteriormente, o processo de gestão pode ser simplificado em uma checklist, para que as modificações sejam feitas de forma otimizada.

4. Monitoramento de novos patches e vulnerabilidades

Muitos desenvolvedores de softwares disponibilizam calendários de patches e até mesmo indicam seu grau de emergência. É importante buscar esses guias e desenvolver um cronograma para a instalação dos recursos.

Para isso, vale desenvolver uma lista de patches preferenciais e implementá-la, aos poucos, nos dispositivos. Checar periodicamente os sites de aplicações e avaliar novidades também é uma ação importante nessa etapa.

5. Teste e configuração do patch

Aqui, os patches de prioridade que definimos passam por uma “checagem” para testar sua compatibilidade.

Fazer essa verificação é essencial para não se deparar com falhas nos sistemas operacionais ou simplesmente a perda de dados do software.

Mas, por que isso acontece? Bem, nem sempre as atualizações “caem bem” em todos os dispositivos. Além disso, em alguns casos, os patches são lançados com falhas, que comprometem algumas funções da aplicação.

patches correção de bugs

Isso não significa que o problema é permanente, porque as correções costumam ser lançadas rapidamente. Ainda assim, fazer o backup antes da instalação do patch e testar suas funcionalidades garante que você não corra riscos.

Vale, também, registrar as novidades propostas quando a atualização é lançada. Assim, é possível identificar quais funcionalidades foram modificadas pelo patch e explorar justamente estas para testar seu novo desempenho.

6. Implantação

Na gestão de patches, a implantação é a etapa onde os sistemas entraram em compliance, e o desafio é mantê-los dessa maneira.

Para fazer isso, é fundamental que a equipe de TI siga a metodologia e padronização criadas nas etapas anteriores.

7. Monitoramento, revisões e aprimoramento

Claramente, o processo não está completo por si só. Com o tempo, será sempre possível identificar adaptações para a estratégia criada, portanto é sempre importante ser flexível com o padrão desenvolvido.

A etapa de monitoramento é extremamente importante quando falamos dessa gestão, já que os patches são constantes nas aplicações.

Vale desenvolver relatórios e registrar sempre que um patch for instalado, para facilitar a visualização e controle interno dos sistemas. Por fim, aprimorar a estratégia inicial é sempre possível com a implantação do processo.

O que uma política de gestão patches deve abordar?

Embora seja muito importante manter os status atualizados dos sistemas, o processo pode ser simplificado. Algumas estações, por exemplo, permitem que diversos dispositivos sejam atualizados de uma vez pela equipe de TI.

Por outro lado, isso não significa que o processo sempre será assim. Instalar atualizações de uma vez só em todos os dispositivos não é algo eficiente, pois deixa os sistemas inviáveis.

No momento de gerenciar patchs de segurança por exemplo, também é fundamental estar atento também ao hardware e firmware dos dispositivos.

hardware e patches de segurança

Por sua vez, esses itens precisam ser checados individualmente nas máquinas. É por isso que muitas organizações utilizam soluções próprias para a instalação de patchs de segurança.

Incorporando todos esses aspectos, a implementação da política de gestão de patches estabelecida deve conter alguns pilares principais:

Monitoramento

Já observamos como este tópico é importante e não pode passar despercebido. Nem sempre os desenvolvedores anunciam as atualizações a partir de notificações, por isso é imprescindível estar sempre de olho nas novidades das ferramentas.

A padronização definida por sua equipe também precisa incluir o passo a passo quando um novo patch é lançado. As etapas precisam ser bem estabelecidas para que o processo de atualização seja feito de maneira rápida.

Por fim, um sistema de prevenção e detecção é essencial nesse processo. Nem sempre os patches são lançados logo após a identificação de vulnerabilidades nos sistemas.

Ataques podem ocorrer antes que o desenvolvedor identifique a falha do software em questão. Por isso é essencial contar com um sistema de segurança que notifique ocorrências mesmo que os dispositivos estejam em compliance.

monitoramento e atualizações

Gestão de mudanças e testes

O processo de gerenciamento de patchs também depende ativamente de mudanças em sua política. Isso porque sempre surgem novas ferramentas, com métodos diferentes de atualização.

Além disso, as próprias modernizações de hardware e aplicações cloud, por exemplo, exigem diferentes abordagens de atualização. Trata-se de um dos efeitos da transformação digital.

Por isso, é importante considerar frequentemente a melhoria dos processos de atualizações com patches e incluir isso na política. O ideal é implementar atividades com base na experiência das equipes, conforme sua necessidade.

No mais, não podemos esquecer de também formular os testes em etapas, para eles serem realizados pelas equipes. Esse direcionamento garante que os softwares não apresentem falhas generalizadas e paralisem funções da empresa.

Relatórios e documentação

A melhor maneira de testar a efetividade das mudanças, sem dúvidas, é mensurando seus resultados na prática. Por isso ter um controle adequado sobre os patches instalados e realização de testes é tão importante na gestão.

Fazer documentos que detalham os novos patches pode ser um bom caminho para indicar os programas de maior prioridade que inicialmente não foram considerados urgentes.

Também é importante identificar falhas em programas e conferir se já existe um patch de correção para elas.

Assim, caso não exista, as equipes podem ficar atentas para instalar a atualização o quanto antes e não comprometer a funcionalidade do software.

Confira também: LGPD: como funciona e diretrizes para adequação nas empresas!

Processos para recuperação de desastres

Infelizmente, muitos patches apresentam irregularidades que causam falhas em funções ou até mesmo problemas de incompatibilidade com os sistemas.

Por isso, não se pode deixar de estabelecer também uma política de recuperação que direcione as atividades quando as falhas ocorrerem.

Para implementar esses processos, vale adotar uma gestão estratégica baseada nos relatórios e documentos gerados.

O processo também deve incluir ações de backup e documentação de testes, para não implementar os patches defeituosos em outros dispositivos.

back up e patches de segurança

A etapa de recuperação também pode ser observada como uma fase de prevenção de desastres. Nessa perspectiva, implementar o modelo zero trust pode ser importante para evitar a instalação de aplicações desnecessárias nos dispositivos.

Alguns softwares simplesmente irão tomar tempo da equipe que gerencia as atualizações. Portanto, para evitar o excesso de ferramentas que colocam os sistemas em risco, o ideal é limitar recursos para determinados usuários.

Outra alternativa nesse processo é contar com a desinstalação automática de softwares. A partir disso, os sistemas mantêm apenas ferramentas pré-determinadas, sem correr os riscos de manter aplicações desnecessárias.

Gestão de Políticas de Segurança da Yssy

As ferramentas que facilitam sua gestão de patches de segurança podem ser reunidas para promover um acompanhamento personalizado em sua empresa.

Como vimos, ter notificações sobre novos recursos e algumas automatizações pode facilitar muito o processo de monitoramento dos softwares.

A Yssy não só é especialista no assunto, como também oferece soluções direcionadas para o monitoramento de segurança. Isso envolve as atualizações de patches e outras soluções para gestão que sua empresa precisa.

Identifique constantemente as brechas de segurança nos sistemas de sua empresa com a Gestão de Políticas de Segurança da Yssy hoje mesmo!