O que são aplicações cloud? Veja o conceito e como funcionam
A implementação de aplicações cloud é um dos principais objetivos das empresas ao utilizar a tecnologia em nuvem.
Isso porque, o sistema de cloud simplesmente expande a sincronização e escalabilidade dos sistemas.
Partindo disso, é possível aproveitar ainda mais todas as vantagens dos funcionamentos em nuvem, com as ferramentas que exploram essas funcionalidades.
Ainda assim, mesmo com a implementação da tecnologia cloud, muitos gestores podem ter dificuldades em entender o funcionamento das aplicações. Afinal, como esses sistemas funcionam quando associados à nuvem?
Pois bem, você irá entender ao longo deste artigo o porquê de existir tanto interesse das organizações nos sistemas baseados em cloud computing, bem como seu funcionamento. Vamos começar?
O que são aplicações em nuvem?
Aplicações em nuvem diferem das tradicionais porque são aquelas acessadas pelo ambiente web. São softwares que partem de um servidor externo.
Por isso, os dispositivos que os acessam não lidam com dados ou armazenamento, mas têm a interação como em um site.
As aplicações cloud oferecem muita praticidade no uso. Pela tecnologia de API (Application Programming Interface), esses programas processam dados com um visual semelhante às aplicações nativas.
Consequentemente, na prática, as aplicações do exploradas no cloud computing proporcionam a praticidade de um acesso a um site e, ao mesmo tempo, toda funcionalidade de softwares tradicionais.
Entenda as aplicações nativas em cloud (cloud native apps)
Cloud native apps são softwares desenvolvidos justamente para aproveitar todos os recursos oferecidos pelo armazenamento em nuvem.
Na prática, podemos dizer que a principal diferença está na abstração de infraestrutura.
Isso porque, enquanto as aplicações nativas tradicionais dependem da infraestrutura onde são utilizadas, as funções cloud atuam de maneira completamente independente.
Em outras palavras: cloud native apps são executados em todas as nuvens possíveis, públicas ou privadas.
As aplicações tradicionais geralmente demandam pré-requisitos dos sistemas e podem apresentar falhas causadas por eles.
Como as aplicações cloud funcionam?
Elas são inteiramente baseadas em containers. Eles nada mais são do que conjuntos de funções, códigos e configurações unificadas em uma espécie de pacote.
Ao ser executada, a aplicação cloud se apresenta como um software tradicional, mas na verdade ela é formada por diversos processos independentes que se unem nos containers.
Na prática, isso torna as aplicações mais ágeis, diminuindo também as chances de bugs em determinadas funções.
Com uma arquitetura embasada em microsserviços, os desenvolvedores podem facilmente identificar as falhas e corrigi-las na aplicação.
Por este motivo as cloud applications apresentam uma melhor performance, podendo ser facilmente atualizadas.
Para compreender ainda melhor o funcionamento dessas ferramentas, acompanhe as comparações abaixo:
Aplicações cloud x Aplicações Web
Aplicações web são aquelas que funcionam diretamente no ambiente online. Essas funcionam baseadas no protocolo HTTP, determinante das movimentações de informação. As principais diferenças entre as aplicações cloud são:
- Alta dependência da rede de internet ou browser;
- Promove troca de arquivos entre o dispositivo e seu servidor, sendo necessários os downloads e uploads;
- Não funcionam em arquitetura de microsserviços;
- Não funcionam baseadas em containers;
- Dependem da rede de internet para realizar atividades de armazenagem;
- Baixo nível de personalização.
Vale ressaltar que, um aplicativo web pode, em meio à transformação digital, passar a ser uma aplicação na nuvem.
Para isso, é preciso converter os formatos e realizar adaptações para que ele não demande do navegador ou seja dependente da rede de internet para funcionar.
Aplicações cloud x Aplicações Desktop
Aplicações de Desktop são aquelas versões tradicionais de softwares baixados e instalados em cada um dos dispositivos.
Os dados gerados por esses programas são armazenados na própria máquina, que possui um armazenamento limitado.
Pela falta de escalabilidade das aplicações de Desktop, bem como a necessidade de baixar atualizações constantemente e ainda não possuir um alto nível de sincronização, as empresas têm aderido à migração para nuvem.
Um relatório da Flexera, com mais de 750 tomadores de decisão nas empresas indicou que 61% responderam que irão dedicar esforços maiores nessa migração.
Além da facilidade de armazenamento, a adoção das ferramentas cloud facilita muito os processos das organizações.
Por este motivo, o empenho na implementação dessas usabilidades é crescente nos negócios de todo o mundo.
Tipos de aplicações na nuvem
Embora possuam características comuns, as aplicações em nuvem são dividas em 3 modalidades quando a empresa deseja contratá-las. Comumente, é possível encontrar os sistemas:
- SaaS — Software as a Service;
- PaaS — Plataform as a Service;
- IaaS — Infrastructure as a Service.
As três modalidades possuem interação com a tecnologia cloud, mas, na prática, dependem das tecnologias que a empresa já dispõe. Entenda cada uma delas:
Software como serviço (SaaS)
SaaS são aplicações que funcionam entre a web e a tecnologia cloud. Por definição, são aplicações desenvolvidas por empresas para funcionar como um serviço à organização que o contrata.
São comuns ferramentas como essas para a área contábil financeira, com emissores de notas fiscais ou controle de caixa.
Esse sistema requer acesso à internet, mas permite que os colaboradores da empresa o utilizem ao mesmo tempo e troquem informações. Basicamente, é fabricado para facilitar um processo específico na empresa.
Trazendo para o dia-a-dia, os SaaS já adentraram as vidas de diversas pessoas, a partir das plataformas de streaming como Netflix ou sistemas de pagamento como o Paypal.
Plataforma como serviço (PaaS)
PaaS é inteiramente associado às aplicações cloud que podem se desvincular completamente dos navegadores web para funcionar.
Em uma plataforma de cloud computing oferecida por outro serviço, é possível que ferramentas já existentes sejam adaptadas e transformadas em uma aplicação cloud.
Para isso, a plataforma oferecida desenvolve diversos recursos tecnológicos favorecendo para os profissionais desenvolvedores a criação de novos recursos.
As organizações que desejam implementar sistemas de Business Intelligence também podem explorar muito o PaaS.
Com as possíveis adaptações, torna-se muito mais simples desenvolver relatórios personalizados e muito mais relevantes à organização. Para se ter uma ideia, as principais diferenças entre um sistema PaaS e SaaS são:
- Forma de acesso;
- Grau de adaptação;
- Nível de relação com o ambiente web (no PaaS a dependência é menor);
- Nível de especialização (O PaaS demanda profissionais especialistas);
- Escalabilidade: o PaaS pode ser um sistema extremamente maleável, conforme a demanda da empresa.
Para simplificar, basta considerar que, enquanto o SaaS é um sistema pronto para determinado processo da organização, a plataforma é o conjunto de ferramentas necessárias para desenvolver sistemas exclusivos para ela.
Infraestrutura como serviço (IaaS)
O IaaS ou estrutura como serviço nada mais é do que a disponibilização de ferramentas, armazenamento e outros recursos com tecnologia de nuvem.
Nesse sentido, a empresa pode contratar um pacote com as aplicações que necessita e não precisa se preocupar com aspectos técnicos.
Todos os dados ficam armazenados nos servidores que a fornecedora oferece. O usuário apenas usufrui dos serviços sem se responsabilizar por suas hospedagens.
A principal diferença do IaaS e do PaaS, portanto, é que o primeiro oferece aplicações cloud finalizadas ao usuário.
As aplicações são disponibilizadas online, assim como o sistema SaaS.
A principal diferença, na verdade, é que no caso da Infraestrutura como Serviço, são oferecidos conjuntos inteiros de aplicações direcionadas para determinadas funções na empresa.
Vantagens das aplicações cloud
Até aqui, você provavelmente já deduziu inúmeras vantagens da utilização de aplicações cloud pelas empresas.
A própria segurança de dados e a gestão estratégica podem ser favorecidas com ferramentas adaptáveis e que não demandam um hardware custoso. Mas, afinal, quais são as vantagens observadas na prática com o cloud computing?
Redução de custos
Um estudo realizado pela Accenture com 4 mil participantes em 25 países, com participação do Brasil, mostrou que cerca de 23% das empresas implementam o cloud computing somente pela economia financeira.
A redução de custos ocasionada pela agilidade dos processos e pela economia com servidores e armazenagem geram um impacto muito positivo nas empresas.
Além de não precisar dispor dos equipamentos, a migração para nuvem também zera gastos com manutenção, e prejuízos ocasionados pelos defeitos dos equipamentos.
As aplicações cloud, por sua vez, geram economia quando observamos sua funcionalidade em vez dos processos manuais.
Isso promove um aumento de produtividade, e consequentemente, uma diminuição de custos com rotatividade de profissionais.
Escalabilidade
A modernização dos sistemas para acompanhar o crescimento das empresas é fundamental para que elas permaneçam competitivas no mercado.
Muitas organizações implementam, por exemplo, sistemas de backbone em sua infraestrutura.
Por outro lado, com as aplicações cloud não é nem sequer necessário instalar novas aplicações, muito menos substituir equipamentos.
A praticidade de modificar as ferramentas e atualizar pacotes para ampliar as funcionalidades não limita a otimização e modernização da empresa.
O mesmo vale quando é momento de cortar gastos: é possível diminuir funções quando for possível aproveitar melhor o sistema. Consequentemente, a empresa tem muito mais controle sobre as funções cloud que utiliza.
Estabilidade
Os servidores das empresas que oferecem o serviço de cloud computing costumam ser muito mais estáveis.
Como possuem um foco exclusivo para a prestação desse serviço, é muito mais raro que os sistemas apresentem inconsistências.
Assim, a viabilidade das aplicações é muito ampliada em comparação com servidores próprios de armazenagem. São ferramentas com maior consistência.
Por fim, a própria arquitetura em containers diminui as chances de que os softwares apresentem bugs nas atualizações e migrações.
Quando isso ocorre, a equipe de TI pode identificar e corrigir facilmente as falhas, no caso de PaaS. Já nos cenários envolvendo SaaS, devido ao grande número de usuários, qualquer problema é rapidamente reportado e corrigido.
Serviços essenciais em aplicações cloud
Afinal, quais as principais funcionalidades de cloud que fazem toda a diferença para as empresas?
Além de funções tradicionais, como as que estamos acostumados em softwares tradicionais, as ferramentas de cloud também possuem serviços exclusivos.
Com a sincronização em tempo real e a capacidade de interligar dispositivos e cruzar dados, algumas aplicações cloud são muito inovadoras.
Não se restringindo ao setor financeiro, como exemplificamos ao longo deste conteúdo, existem ferramentas para áreas como:
- User Experience;
- Recursos Humanos;
- Customer Success;
- Segurança da informação;
- Gestão de projetos;
- Entre outras.
Separamos a seguir alguns dos serviços-chave do cloud computing que podem ser implementados em diversas frentes de uma empresa.
Observabilidade
Serviços de observalidade são aqueles capazes de utilizar ferramentas, dentro de sistemas, de modo a coletar dados que identifiquem possíveis problemas.
Indo ainda além, o serviço indica as causas deles e, consequentemente, geram insights para a solução.
Com uma análise aprofundada das aplicações, a equipe de TI pode otimizar ao máximo as aplicações, maximizando o aproveitamento dos investimentos na tecnologia.
A observalidade também é uma vantagem para monitorar o desempenho do negócio a partir de indicadores-chave.
Tendo um monitoramento em tempo real, a adaptabilidade tecnológica da empresa é ampliada. A funcionalidade é de extrema importância para facilitar a gestão de serviços de TI da empresa.
Telemetria
Os negócios que funcionam com Business Analytics podem explorar profundamente os sistemas de telemetria da tecnologia cloud.
O serviço consiste na coleta e redirecionamento de dados para centralizá-los e possibilitar sua análise e comparação.
A telemetria também é útil quando pensamos em aplicações microsserviços, como é o caso dos softwares cloud.
A identificação de gargalos nos processos em execução pode ocorrer de forma instantânea, dado que todos estão documentados em um só local.
Assim, é possível definir ações automatizadas nessas circunstâncias. Por exemplo, reiniciar o microsserviço que apresentou falha pode ser uma prática efetiva para que ele retome a atividade rapidamente.
Monitoramento
Tanto a observalidade quanto a telemetria culminam em um serviço de extrema valia para o setor de TI: o monitoramento.
É a partir desse sistema que surgem os programas mais desenvolvidos para a segurança da informação, como IPS e IDS.
Com todos os serviços de cloud gerando uma vasta quantidade de dados em tempo real, a telemetria e a observalidade proporcionam um monitoramento extremamente rico das condições de operação das aplicações.
Pensando nisso, programar respostas a incidentes ou soluções em sistemas com falhas é um processo muito mais fluido.
Por fim, as quedas bruscas em indicadores do negócio também podem ser avaliadas e os riscos ocasionados pelas falhas são muito melhor controlados.
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